terça-feira, 18 de agosto de 2009

Leia-me.

Hoje eu acordei meio literária. Digo literária mas não com aquele desejo de ler, e sim de ser lida. Não sei se dá para entender...Entende? :s
(Não, espertinhos(as)... isso não é um apelo para que leiam o meu blog e sim mais um post "devaneiador". rs)
Gostaria de ter a sensação de ser escolhida a dedo em uma estante qualquer de livros empoeirados.
Gostaria de não ser julgada só pelo título, pela capa ou pelo volume, e me alegraría muito caso fosse escolhida já pelo prefácio no momento em que minha primeira página fosse aberta.
E que a partir disto, eu fosse capaz de despertar em alguém mais e mais aquela vontade de ser lida, devorada! Do prólogo ao epílogo. Do início, do meio e ao fim, mesmo que consumida aos poucos, durante o dia ou à noite, durante dias ou noites, durante horas ou minutos.
Todavia, torcería para que meu sumário e meus capítulos fossem legíveis para meu leitor, mesmo que meus textos fossem, timidamente, manuscritos ou impressos, e eu possuísse uma boa encadernação e que minha(s) imagem(s) ilustrada em alguma página agradasse suficientemente.
Sem querer pedir muito, gostaría também me sentir bem interpretada.
Após isso, me sentiria "aberta" a deixar-me ser mais explorada e demonstrar o que tenho de melhor em mim, mostrando que meu conteúdo não é tão somente composto por um único gênero literário e sim por vários. Descobririam isso facilmente, uma vez que me folheassem.
Achariam em mim o lírico, o dramático, o cômico e o épico. A cada página numerada que me virassem reconheceriam, ao longo da leitura, que eu também sou a poesia, o romance, o conto, o suspense, a aventura, a ação, a comédia, a tragédia, e até mesmo a tragicomédia...
No fim, alegraría-me certificar de que eu não tenha sido considerada "chata" por ninguém e que meu conteúdo exposto tenha agradado alguém provocando plena satisfação e, por que não, um gosto de "quero mais".
Com isso, não teria mais o medo eterno de permanecer fechada e intocada em uma prateleira, jogada em um canto qualquer, ou esquecida na estante de alguma biblioteca ou algum sebo da vida.

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